Muitas vezes o sangramento menstrual torna-se abundante. Isto pode dever-se a um grande número de fatores como: idade, presença de pólipos ou miomas, alterações hormonais ou ainda não haver uma causa definida.
A avaliaçao de cada caso com associação de métodos auxiliará na determinação da causa e definição do melhor tratamento que pode ser apenas observação, tratamento medicamentoso ou até tratamentos cirúrgico.
Os cistos ovarianos são muito frequentes durante a vida da mulher e a maior parte deles são benignos, fazendo parte do funcionamento normal do ovário. Uma pequena parcela de pacientes que apresenta cistos necessitará de tratamento cirúrgico.
A avaliação com história detalhada, exame físico e exame acessórios como a ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância determinará como o cisto deverá ser manejado.
A menstruação é um processo normal que pode ser acompanhado de dor. Esta dor é chamada de dismenorréia e é variável entre as mulheres. Normalmente pode ser bem controlada com uso de medicamentos analgésicos e/ou anticoncepcionais.
No entanto, estudos demonstraram que muitas vezes a dismenorréia de forte intensidade pode estar associada a doenças como a endometriose.
Quais fatores aumentam a chance da dismenorréia não ser normal:
- História familiar de endometriose;
- Dismenorréia de forte intensidade;
- Mau controle da dor com uso de medicamentos;
- Perda de atividades devido à dor.
A presença de um ou mais dos fatores acima não significa obrigatoriamente que a paciente tem endometriose, mas indicam que a dor desta paciente deve ser mais bem avaliada.
A endometriose é uma doença caracterizada pela presença de focos de endométrio fora do útero. Pode estar associada à infertilidade, dor pélvica ou massas pélvicas. Sua apresentação pode ocorrer como: endometriose superficial (focos de endometriose no peritônio), endometrioma (cistos ovarianos de conteúdo achocolatado) e endometriose profunda (focos de endometriose que infiltram os tecidos profundos como intestino, bexiga, ureter, vagina etc).
O melhor método para realizar o diagnóstico da endometriose é a videolaparoscopia. Exames acessórios como a ecografia, a ressonância magnética e dosagens de sangue podem sugerir e/ou auxiliar no diagnóstico.
Nos casos de infertilidade associada à endometriose o tratamento pode consistir na indução da ovulação, na inseminação intrauterina, na fertilização in vitro, ou na cirurgia. Nos casos de dor pélvica o tratamento consiste em uso de medicamentos e/ou cirurgia e nos casos de massa pélvica em cirurgia.
É considerada como a presença de dor contínua ou intermitente na região pélvica durando mais de 6 meses, relacionada ou não com a menstruação ou com a relação sexual. Chamamos de dismenorréia a dor associada a menstruação e dispareunia a dor associada a relação sexual.
Consideramos adenomiose como a presença de focos de endométrio dentro do músculo uterino. Pode ocasionar sangramento, dor pélvica, sensação de peso no baixo ventre.
Infertilidade é considerada como a incapacidade de conceber após 1 ano de manutenção de relações sexuais regulares, sem uso de nenhum método anticoncepcional.
As causas podem ser femininas e masculinas. As causas femininas podem ser devido a problemas nas trompas uterinas, alterações na ovulação, endometriose, causas imunológicas. As causas masculinas usualmente são diminuição na contagem, movimento e forma dos espermatozoides.
O tratamento dependendo da causa. Podem ser utilizados: medicamentos, cirurgia, uso de técnicas de reprodução assistida como a inseminação intrauterina e a fertilização in vitro.
Após investigação com exames laboratoriais, ecografia e histeroscopia o tratamento é realizado de acordo com a causa do sangramento (pólipos, miomas, sangramento disfuncional). Podendo ser utilizado desde medicamentos até procedimentos cirúrgicos.
O uso de medicamentos, a histeroscopia cirúrgica (ablação endometrial), a miomectomia e a embolização de miomas são técnicas que procuram evitar a retirada do útero.